sábado, 27 de abril de 2013

Learning to draw again.

   Uma das memórias mais antigas da qual me recordo foi meu interesse por desenho. Por volta dos meus 4 anos disse para minha avó: "Quero ser pintora, posso fazer um desenho para a senhora?", ela respondeu que sim com toda a empolgação de uma avó babona. Mal sabia que o desenho seria feito na parede branca da sala. Não lembro da reação dela ao ver essa "arte" (provavelmente apanhei), tudo que lembro foi que após esse episódio ganhei um quadro com o dobro da minha altura onde desenhava loucamente. Meus presentes começaram a se resumir a: canetas, lápis, giz de ceras e papéis de todas as cores.
   Porém, logo enjoei e deixei de lado esse hobbie que foi tão pouco duradouro. Com 11 anos o amor ao desenho (leia-se falta do que fazer) falou mais alto e me resolvi me dedicar de verdade. Tinha apenas um problema: Eu era PÉSSIMA. Mas do que eu tinha de péssima para artes, tinha de cabeça dura. Logo encarei como desafio e passei a desenhar diariamente até obter um desenho na qual pelo menos não confundissem os olhos com as mãos. E consegui.
  Com 14 tive pela primeira vez um talento. Algo na qual me fazia ter orgulho de mim mesma, eu não conseguia acreditar que era capaz de fazer algo tão belo. Obviamente algumas pessoas perceberam isso e resolveram tirar proveito de uma pessoa que nunca aprendeu a dizer não. Quando dei por mim, não estava mais fazer desenhos por prazer e sim para satisfazer caprichos de pessoas que nem sequer falavam comigo. Isso me frustou demais e parei de desenhar. Perdendo a única coisa que me fazia especial.
  Essa é uma das coisas na qual mais me arrependo na minha vida. Sério, me dá vontade de voltar no tempo só para poder dá um tapa na minha cara por ter sido tão idiota. 
  Mas enfim, depois de 2 anos, um certo anjo fez com que meu amor por desenho voltasse. E dessa vez não é por falta do que fazer.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Winter is coming...

    Tempos que uma leitura me prendia tanto feito as Crônicas de Gelo e Fogo, a saga faz jus a sua fama. A história possui inúmeros atrativos, sendo o principal deles a narrativa, onde cada "capítulo" é o ponto de vista de algum personagem. Isso nos permite entender as motivações por trás de cada ato, além de perceber características diversas de um determinado personagem. O fato da narrativa não possuir capítulos me deixou incomodada no princípio, mas se mostrou mais interessante do que seria se seguisse os padrões comuns dos livros. Outro ponto positivo é a capacidade em que o autor consegue descrever lugares com uma riqueza de detalhes incríveis, sendo possível criar uma imagem mental de cada cena perfeitamente.Todos os lados dessa guerra são apresentados, cada qual com suas motivações, defeitos e qualidades. Fora o caráter dos personagens, onde não fica claro quem é mocinho ou vilão. Te fazendo mudar a "torcida" constantemente de cada personagem, entretanto, alguns são fáceis de se apegar logo no início. Falo por experiência própria, me apeguei ao bastardo Jon logo nas primeiras 20 páginas e este se tornou meu personagem preferido da história. Falando em se apegar a um personagem, um conselho: Não se apegue. Porque pelo que percebi, o autor não se importa em matar personagens queridos. Afinal, é uma guerra, e pelo visto, muitos ainda morrerão ao decorrer da história. O final foi simplesmente impactante e nos deixa com aquela vontade de começar a ler logo o segundo volume. E foi o eu que fiz. Acho que não terei uma vida até terminar essa brilhante saga.



domingo, 6 de janeiro de 2013

"I open at the close."


   Sempre me questionaram o porque de Harry Potter, uma literatura voltada para o público infantil, conseguir fazer parte da vida de uma adolescente de 17 anos. Sempre respondia a mesma coisa: “Foi com ele que aprendi o gosto e prazer por leitura”. De certa forma, foi um fator que contribui, mas isso poderia ter ocorrido com qualquer livro bom. O real motivo de eu sempre ler e me emocionar com certos diálogos  de certa forma bobo – foi a forma na qual atribui Harry Potter e seu mundo de magia como minha válvula de escape. Precisava (as vezes ainda preciso) de algo para fugir da realidade na qual me cercava, houve uma época em minha vida em que não podia contar com ninguém. Tive um período de 2 anos de pura solidão. O que me manteve sã foram meus livros e suas realidades paralelas na qual me proporcionavam. Talvez por isso tenho uma certa preferência por histórias de fantasia, não apenas Harry Potter, como Nárnia e Senhor dos Anéis. Foi a forma que encontrei em manter esperança de que um dia encontraria meu final feliz. Essa esperança ainda se mantém dentro de mim, um pouco mais fraca, porque nos últimos tempos, veio conseguindo encontrar alguns pontos de felicidade.



What the hell I'm doing here?


   Nesses sei lá quantos anos na qual utilizo internet, já tive quase todas as redes sociais inimagináveis. As que não tive, não criei por pura preguiça. E ter um blog, definitivamente não estava incluso em nenhuma das opções. Nunca gostei da ideia de expor meus pensamentos num local onde qualquer um possa ler. Quase morri quando uma garota leu trechos do meu diário do momento na 6° série. Imagina fazer criar um "diário" onde todo mundo (tá, exagerei, pois não irei divulgar esse blog) terá acesso. Sinto falta de escrever, algo que não faço a uns 5 anos (?). Embora tenha encontrado uma amizade verdadeira (na qual tive a capacidade de confiar mais que julguei capaz a outra pessoa além de mim mesma) infelizmente não me sinto a vontade de falar sobre o que ocorre comigo com ninguém, mais pra frente explicarei melhor. Preciso de algo na qual desabafar, sem o medo de magoar pessoas que não tem nada a ver com minhas crises raivas desnecessárias ou apenas palavras mal educadas na qual estou habituada. Talvez escrever essa droga me ajude nos vestibulares futuros na qual irei prestar. Ou não. Whatever, apenas quero algo para manter minha sanidade mental e me tirar do ócio eterno.